Juros caem pela 11ª vez seguida e vão a 6,75% ao ano, menor nível na história

Hispanic businessman looking through binoculars

A taxa básica de juros da economia foi de 7% para 6,75% em decisão unânime e já esperada pelo mercado, de acordo com as últimas pesquisas do Boletim Focus e do Projeções Broadcast. Foi o décimo-primeiro corte seguido da Selic, que chegou novamente ao seu menor patamar desde sua criação em 1986. A Selic era mais de duas vezes maior (14,25%) quando o ciclo de corte começou há pouco mais de um ano, em outubro de 2016.

 

A dúvida agora é se há espaço para mais um corte na próxima reunião, marcada para os dias 20 e 21 de março.

 

Quando o Copom aumenta os juros, encarece o crédito e estimula a poupança, o que faz com que a demanda seja contida e faça menos pressão sobre a atividade e os preços. Cortar os juros causa o efeito contrário.

 

Inflação
A expectativa do mercado financeiro é que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) termine 2018 ano em 3,95%.

 

Este patamar ainda estaria abaixo do centro da meta do governo (4,5%), mas já representaria uma aceleração forte em relação ao ano anterior.

 

A inflação fechou 2017 em 2,95%, abaixo do piso da meta de 3%. Isso obrigou o presidente do BC, Ilan Goldfajn, a escrever uma carta aberta explicando os motivos do ocorrido e as medidas tomadas para corrigir o problema.

 

Apesar dos cortes, o Brasil tem o quinto maior juro real (juros nominais menos a inflação projetada para os próximos 12 meses) do planeta.

(Exame)

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