Governo está prestes a parar de pagar a previdência, diz ministro do Planejamento

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse nesta segunda-feira (11) que o país não tem condições de conduzir as reformas da Previdência e tributária ao mesmo tempo. Ele disse que a reforma mais urgente é a da Previdência e que o país está prestes a não conseguir suportar os custos com aposentadorias e pensões.

 

“A gravidade da situação é esta mesmo: nós estamos prestes a não poder pagar (a Previdência)”, afirmou Oliveira, durante sua apresentação no 14º Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. O texto-base da reforma da Previdência foi aprovado pela comissão especial da Câmara em maio e ainda deverá ser votado em plenário. Por se tratar de uma proposta de alteração na Constituição, precisará de pelo menos 308 votos, em dois turnos de votação.

 

Votação em outubro
Por sua vez, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse também nesta segunda-feira, em sua conta no Twitter, que as discussões sobre a reforma da Previdência foram retomadas, e a expectativa é que a proposta seja votada no Congresso Nacional em outubro.

 

“A nova lei de recuperação judicial é o próximo item da agenda da produtividade e deve ser debatido no Congresso já nas próximas semanas.” Meirelles afirmou que, após a aprovação da reforma da Previdência, o governo “vai trabalhar na reforma tributária, com objetivo de simplificar o sistema”.

 

No último dia 9, o presidente Michel Temer reuniu-se com alguns ministros para debater a agenda econômica a ser implementada nos próximos meses. De acordo com o ministro da Fazenda, que foi um dos participantes da reunião, o governo decidiu retomar agora, “com toda ênfase”, a discussão em torno da proposta de reforma da Previdência Social para votação no Congresso Nacional.

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